Canela,

17 de julho de 2024

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OPINIÃO FORTI

Márcio Diehl Forti

OPINIÃO FORTI • Os “Lendários” de Canela

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Nossa cidade, como toda comunidade interiorana, tem vários indivíduos que podem ser considerados lendas. Nos tempos do, hoje extinto, Orkut, Canela tinha até comunidade citando diversos nomes. Como recordar também é viver vou aqui citar algumas “lendas” da nossa cidade.

Miti da Gaita: O Miti estava sempre ao redor da Igreja com sua gaitinha tirando um som e abordando turistas. Também fazia um joguinho de bicho e era muito bem quisto na comunidade. Pilchado e gaudério, não tinha uma pessoa que não conhecia o querido Miti. Figuraça que nos deixou alguns anos atrás.

Telefone Taxista: O “Negão” Telefone era um taxista raiz. Carismático e boa praça. Estava sempre nas ruas conversando e abordando pessoas. As vezes se passava um pouquinho nas conversas, mas suas histórias eram hilárias. Certa feita pediu dinheiro emprestado para um amigo meu (era comum pedir uma “forcinha”). Meu amigo falou: “Bah telefone, só tenho vinte!”. Ao pronto que ele respondeu: “Não tem problema eu tenho troco”. E puxou uma nota de dez reais e rapidamente já levou a maior deixando o cara sem reação. Assim era o Telefone.

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Tia Eva: Muitas a chamavam de Eva Loca, morava para os lados do Canelinha, tinha muitos, mas muitos filhos e vivia recolhendo entulhos e papelão. Várias pessoas tinham medo da Tia Eva, mas quem a conhecia e se aproximava sabia que na verdade ela tinha um ótimo coração.

Maçarico: O Massa era dono de um dos primeiros centros de entretenimento da nossa cidade. A tabacaria Maçarico tinha discos, fitas, revistas, figurinhas, doces e o atendimento oito ou oitenta. Se tu era atendido pelo Maçarico era sorriso e até desconto. Se fosse pela sua esposa era provavelmente xingamentos e nem um muito obrigado levava. Era um filme de suspense. Mas o Massa era sensacional e era dono de um Opalão clássico na nossa cidade.

Boca: O Boca era o Bêbado oficial de cidade. Várias eram as histórias sobre ele. Que era um gênio que acabou sendo abandonado pela família e acabou indo para o lado da bebida. Andava como um mendigo, gritava para assustar as pessoas principalmente as crianças. Nos anos 80 era comum os mais velhos assustarem os filhos dizendo que se não se comportassem “O Boca ia te Buscar!”.

O Porcelanato do Hospital: O mais lendário dos últimos 10 anos. Se moveu até um sitio na localidade dos bugres quase que “inocentemente” e desde então assombra diversos setores de uma comunidade. Vários cargos em comissão acabaram sendo demitidos, secretários foram presos, diversas pessoas não podem ouvir falar no tal porcelanato que segue assombrando até jornalistas conhecidos na comunidade. Diversos policiais tiveram que trabalhar depois da movimentação do tal Porcelanato, o que só corrobora que além de lendário o indivíduo é perigoso. E vou profetizar, o tal Porcelanato ainda vai dar o que falar. Uma grande lenda está surgindo!