Já faz algum tempo que este colunista recebe reclamações de falta de água e de problemas causados pela Corsan, devido a obra da nova adutora, que está sendo feita para aumentar a capacidade de fornecimento para Gramado.
A obra precisa ser feita, os problemas de falta de água em Gramado, principalmente em alta temporada, são crônicos e toda a região depende da pujança do turismo gramadense para impulsionar seus negócios. Até aí acredito que estão todos de acordo, não é mesmo?
O problema é que para aumentar a capacidade de abastecimento de Gramado, a Corsan vai, literalmente, rasgar Canela ao meio. Já estavam chatas as obras que vinham do Poço da Faca até a Estação de Tratamento, ali no Distrito Industrial, mas, ainda não estavam destruindo obras novas. Agora estão.
O modus operandi é sempre o mesmo. A rua está lá, asfalto novo, ou em bom estado. Aí vem a Corsan e abre a rua ou o passeio público, demora uma eternidade para fechar, quando fecha, faz mal feito.
Na Rua Gabriel de Souza, no São Rafael, o estrago já vai para um mês e nem sinal de conserto. Na Pinheiro Machado, no Canelinha, umas três semanas. Essa obra ainda vai passar pelos bairros Bom Jesus e Celulose, até se ligar com a Vila Suzana.
A Vila Suzana, caro leitor, parece que caiu uma bomba! A Corsan abriu uma nova frente de trabalho sem consertar o que deixou destruído para trás, isso sem falar na comunidade que fica sem água, dia sim e no outro também.
Na última semana, um carro caiu em um buraco mal sinalizado na Rua João Wender. A Rua José Galdino da Rosa está um caos, e moradores reclamam que uma área de preservação ambiental que está situada no terreno da Trombini, essa está sendo aterrada todos os dias.
Agora, vai você leitor, aterrar uma beira de calçada para ver o tamanho da encrenca.
E aí eu pergunto, cadê a fiscalização da Prefeitura? Cadê? A Corsan pode?
Uma falta de respeito com o canelense o que a Corsan está fazendo e uma falta de preocupação com a comunidade por parte da Prefeitura, que não defende o seu contribuinte.
É o fim da picada! E os dias vão passando, os caras estragando nossas ruas e nada acontece.
E a fiscalização? Multando errado e prendendo as máquinas públicas
Vou contar aqui dois causos do último mês. Um morador de uma rua do centro pediu a poda da árvore em frente à sua casa. A mesma estava encostando nos fios e deixando muita sujeira na rua. As folhas voavam e entupiam as calhas das residências próximas.
A Prefeitura não deu licença para o morador podar a árvore. O morador entrou em contato com a reportagem da Folha, a qual acionou a Secretaria de Obras. A árvore foi podada no outro dia.
Na outra semana, chegou uma multa. A fiscalização viu a árvore podada e acreditou ter sido o morador. Autuou!
Comunicamos a Prefeitura que tinha sido ela mesmo a responsável pela poda, ela admitiu o erro, mas até o momento não baixou a multa porque não existe um expediente administrativo para isso! É poda ou não é?
Há um mês atrás, a Secretaria de Obras limpava um canal de esgoto a céu aberto, no final da Rua João Simplício, pois, a cada chuva, as casas lindeiras eram invadidas pelo lixo e pelo esgoto. De lá saíram sofás e geladeiras.
Quando estava no meio do serviço chegou a Patram, reclamou crime ambiental e apreendeu a retroescavadeira. Claro que chegando na Delegacia, os policiais civis com bom senso liberaram a máquina, mas a tarde já tinha sido perdida.
Ou seja, é melhor atrapalhar do que ajudar né?
Feito o relato, esperamos que a fiscalização ou a polícia ambiental, no mínimo olhem essas denúncias que trago hoje e a tal da multa seja baixada.
Mas, porém, todavia e entretanto, que essa questão da Corsan seja fiscalizada e o patrimônio do canelense recuperado.
Secretário Alfredo Schaeffer, sei do tamanho da demanda de sua secretaria, sei das suas dificuldades, mas se a gente não consegue fazer o básico, o que será do complicado?
