Canela,

17 de julho de 2024

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Leo de Abreu

VIRE O MATE

Leo de Abreu

VIRE O MATE – Ela e o santo

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Um trago pra ela e uma derramadinha
Pra bendição que é merecida
Assim era ela e o santo
Que rogava na bebida

Pobre santo de barrinho
Que já tinha um olhar lascado
Talvez fosse de algum resbalão
Ou se forçou olhar pro lado

Tinha noite sempre nos olhos
Céu em negritude e serração
Só não sei como o santo dela
Pra ela ainda dava perdão

Por vezes vista saindo
Com limão doce da bodega
Se descomungando da santindade
Ou o bendito que deu trégua

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Que por ela ninguém espere
Pra ninguem nada prometa
Mas era sempre pelo seu credo
Fé guaxa de canha sotreta

Oh padroeiro de quem não freia
A reza em ti é a mais segura
Livre de malezas de queda braba
Nunhuma ladeira abaixo se apura

Tinha ela nome de ânsia braba
Borracheira, vício e solidão
Mas podia ser nome de morena
Que a crença refugou perdão

Tinha noite sempre nos olhos
Céu em negritude e serração
Não sei como o santo dela
Pra ela ainda dava perdão..