Canela,

4 de julho de 2024

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Cabelo

OPINIÃO FORTI

Márcio Diehl Forti

OPINIÃO FORTI • Homem Primata, Capitalismo Selvagem

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Eu sou um cara capitalista. Não vou ser moralista ou fazer média. Me criei dando valor para as relações justas entre a entrega de um serviço/trabalho e o pagamento disto através de um salário. O ser humano é movido assim, em sua maioria. Respeito quem tem outra mentalidade e tá tudo bem, mas eu, Márcio Diehl sou assim.

Sei que existe abuso nas relações em alguns casos e não fecho o olho para isso, mas também sei que muitas vezes existe a falta de noção da pessoa que está empregada mediante ao trabalho que está fazendo. Isso é fato e se fizermos uma análise fria aqui na região a coisa é bem complicada.

Semana passada fiquei sabendo de uma empresa que fechou as portas. Não por problemas financeiros. O empreendedor desistiu. Cansou de correr atrás de mão-de-obra. Treinou gente crua, contratou gente experiente, tentou melhorar salários. Literalmente encheu o saco. E essa é uma realidade que vem acontecendo mesmo. Tenho dois amigos que fecharam seus estabelecimentos nos últimos dois anos. Cada um por seus motivos. Pergunte para eles se querem voltar a empreender. Óbvio que não querem. “Ah, mas isso é porque são incompetentes ou não valorizavam seus colaboradores!”. Não é. Um deles era dono de um dos restaurantes mais tradicionais da região. No início pensou em não largar. Hoje não se vê mais trabalhando no ramo. O imposto vem grande todo mês. Os alugueis na nossa região não são nada baratos. A força de trabalho tem que ser recompensada com certeza. Mas muitas vezes a recíproca não é a mesma. Hoje toda semana vemos novos negócios se estabelecendo. O problema é que vemos outros tantos também fechando as portas e, acredite, nem sempre é porque quebraram. A curto prazo não vejo uma solução para isso. Realidade complicada.

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O Capitalismo no Entorno da Igreja

Já que comecei o assunto né. O que vemos no entorno da igreja e nas novas e repaginadas calçadas da Felisberto Soares é digno de arregalar os olhos ao extremo. Vendedores de cota se acotovelando com fotógrafos, panfleteiros e vendedores. Tudo isso sob o olhar dos indígenas que vendem produtos nem sempre artesanais e de diversos comerciantes que pagam bem pelo seu aluguel e só gostariam de paz e de concorrência leal. E se a fiscalização tenta trabalhar é vaiada por pessoas que julgam que “todo mundo tem o direito a trabalhar”. Já aparecem vídeos de “influencers” tentando constranger pessoas que estão fazendo seu trabalho de tentar organizar um pouco toda essa bagunça. Enquanto isso nossa cidade, que já tem diversos outros problemas pra resolver, fica nessa sinuca de bico. Se tenta cumprir a lei toma de um lado. Se não cumpre toma de outro. Minha sugestão, que é óbvia: a lei é para ser cumprida.

Chuvas

Muito triste o que aconteceu na região do Taquari. A natureza quando quer é implacável. Seguido vemos coisas parecidas aqui na região, mas com a força que foi acredito que não tenha visto ainda. Minha dúvida fica enquanto as barragens aqui na nossa região. Que tenhamos elas sempre bem cuidadas e supervisionadas para uma tragédia nunca acontecer!