Caro leitor, as pessoas que me conhecem sabem que tenho uma extensa trajetória dentro da academia, para aquelas que ainda não me conhecem, prazer sou a educadora financeira Juliana Alano, formada em administração de empresas, contabilidade, especialista em gestão pública, mestra em administração de empresas, consultora empresarial, escritora, palestrante, mãe, esposa e por aí vai.
Estou na consultoria empresarial e na educação financeira há muitos anos, ensinado as pessoas a pensarem e organizarem as suas finanças pessoais e empresarias. E desde de agosto desse ano resolvi investir na área gastronômica aqui na Serra Gaúcha.
Estar nos dois lados – orientar e fazer, me oportuniza crescer e evoluir como profissional todos os dias e atender ainda melhor meus clientes, pois a parte teórica que os anos de universidade me deram são muito importantes na condução do trabalho, mas a prática, essa é a que de fato consolida e diferencia os bons e maus profissionais.
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Como empresária do ramo gastronômico a minha maior “dor” tem sido certamente formatar uma equipe de trabalho e isso não está relacionado a questão salarial ou com o ambiente dentro da empresa e sim com a questão cultural. A grande quantidade de oferta de empregos na região faz com que as pessoas não queiram mais se “comprometer”, não respeitam hierarquia, querem escolher os dias que vão ou não trabalhar, querem trabalhar informal acreditando que terão mais liberdade para não se envolver com o negócio, afinal não precisam, já que não são responsáveis pelo pagamento das contas.
E percebi ao longo dos anos na minha e na empresa dos clientes que não tem haver com remuneração ou valorização, pois tem empresas que pagam salários altíssimos, investem em treinamento e mesmo assim não conseguem o comprometimento da equipe já que “se não me quiser terá várias outras empresas que vão me querer”. Além disso, a falta de profissionais qualificados agrava ainda mais o crescimento dos negócios locais.
Sei que terão comentários dizendo que as empresas não valorizam, não pagam bem, escravizam, exploram, só pensam em faturamento, sim tem estas também. Mas a questão que quero atenção para a coluna de hoje é que da teoria a prática percebo que ou algumas coisas vão começar a mudar no mercado de trabalho ou daqui uns anos será impossível o empreendedor abrir um negócio e gerar novos postos de trabalho. Será que nossa economia já está saturada? Ou será que juntos vamos pensar em formas de fazer essa realidade mudar? Podemos sentar e esperar as coisas melhorarem ou piorarem e criticar quem faz e quem não faz ou arremangar as mangas e fazer algo para construir um lugar melhor para viver e trabalhar o que acham?