Canela,

19 de abril de 2024

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“Hospital de Canela não vai ser fechado”, diz Vilmar Santos

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Interventores falam sobre a situação do HCC e planos para o futuro

A redação da Folha de Canela recebeu, na tarde de terça (9), o secretário Municipal da Saúde, Vilmar Santos, também interventor do Hospital de Caridade de Canela, acompanhado do administrador hospitalar Rafael Martins Ayub. Eles vieram falar da situação da casa de saúde, passados 75 dias da intervenção municipal.

Segundo o secretário, com a intervenção aumentou o número de cirurgias realizadas, eletivas e de emergência. “Número que vai crescer mais, pois havia uma fila para cirurgias vasculares e de traumatologia que não era possível realizar por falta de capacidade técnica e agora estamos realizando”.

Perguntado sobre a crescente reclamação sobre o serviço oferecido após a intervenção, Vilmar disse que a Prefeitura tinha consciência deste efeito com a intervenção, pois agora existe uma “sensação de que o hospital é público” e também um “viés político, de algumas pessoas que fazem do hospital o seu cavalo de batalha”.

Ayub referiu que o HCC conta com uma ouvidoria para denúncias formais, que podem ser até anônimas, mas que, desde a intervenção até o momento, nenhuma foi registrada.

O grande problema do Hospital continua sendo o Pronto Socorro, no qual a comunidade vai buscar consultas médicas. A administração afirma que “80% destes atendimentos poderiam ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde” e que a classificação da urgência deste atendimento pela triagem acaba deixando descontentes algumas pessoas que não recebem atendimento imediato.

Além disso, um serviço de transporte com profissional médico foi contratado para que o médico plantonista fique à disposição para atendimento na casa de saúde, “garantindo dois médicos sempre no plantão”, disse Ayub.

O nosso papel é estabilizar o serviço”, finalizou Vilmar.

Hospital não vai ser fechado

Questionado sobre um possível fechamento do Hospital de Canela, Vilmar foi enfático, “enquanto estiver sobre intervenção, não será fechado. Queremos que quando a intervenção acabar, o Hospital esteja em melhores condições para atender a comunidade, mas isso não será possível de resolver em seis meses, hoje temos a consciência que a intervenção vai ser renovada enquanto houver necessidade”.

Um murmúrio de fechamento do HCC veio após a possibilidade da construção de um novo hospital em troca das ruínas do Cassino. Neste sentido, o secretário disse que “o novo hospital vai ser tornar realidade, sendo rápido, em cinco anos. Até lá, temos o dever moral de manter o HCC aberto e prestando um bom serviço”.

Além disso, Vilmar destacou que a Prefeitura não pode vender o Hospital de Canela, pois ele é um bem privado, e essa situação terá de ser resolvida (vender ou não) de acordo com seu estatuto.

Cifras negativas

O HCC continua apresentando números negativos, mesmo com maior aporte de recursos por parte da Prefeitura. No início deste mês, ultrapassava os R$ 12 milhões, um deficit mensal de mais de R$ 400 mil. Dentro deste número estão dívidas vencidas, mas, mesmo assim, apenas com a despesa mensal, o hospital continua apresentando um prejuízo na casa de R$ 200 mil mensais.

Comissão de vereadores

A Câmara de Vereadores criou uma comissão para acompanhar a intervenção municipal. Vilmar afirmou que “é importante que os vereadores façam parte deste processo, pois a presença deles no dia a dia do HCC vai esclarecer muitas dúvidas da comunidade e mostrar que muitas das denúncias feitas estão muito fora da realidade”.

Leia também: Vereadores vão fiscalizar intervenção municipal no HCC
https://portaldafolha.com.br/2019/07/12/vereadores-vao-fiscalizar-intervencao-municipal-no-hcc/