Canela,

17 de abril de 2024

Anuncie

Chico

360 GRAUS

Francisco Rocha

São dois os grandes desafios para a retomada na região das Hortênsias

Compartilhe:

A Região das Hortênsias tem dois grandes desafios para a retomada frente a pandemia do novo coronavírus: a abertura do turismo e a volta às aulas.

Até o mais radical coronalover há de concordar comigo que o comércio em geral está aberto, bancos, lotéricas, estacionamento rotativo, tudo está funcionando, dentro das normas e protocolos estabelecidos e a vida vai seguindo. Claro que existem as exceções de quem não cumpre as regras, não usa máscaras e tal, mas, no geral, há sim os cuidados necessários.

Porém, o que traz dinheiro para Canela e Gramado é o turismo e com as atividades turísticas funcionando parcialmente, ou não funcionado, o dinheiro que circula não é suficiente para alavancar o comércio local.

RECEBA AS NOTÍCIAS DO PORTAL DA FOLHA GRATUITAMENTE NO SEU WHATSAPP!

Eventos

Fiquei muito feliz com a notícia que recebi esta semana que o Festuris foi confirmado, de maneira presencial, no início de novembro. Mas do que teoria é preciso que os planos sejam estabelecidos.

Fica aqui o registro de apoio e admiração à Rossi & Zorzanello, que soube se reinventar e buscar ferramentas novas durante o período de isolamento, mas está buscando esta retomada.

O Festuris busca ser vanguardista no quesito segurança sanitária levando aos pavilhões do Serra Park um sistema completo que inclui serviços e equipamentos necessários para a higienização do espaço e proteção dos participantes”, disse a nota enviada à imprensa.

É nesta pegada que os empreendedores da região devem seguir, com toda a responsabilidade necessária para buscar a reabertura, mas com a coragem que faz nossa região ser diferenciada. Aí que me refiro!

Volta às aulas I

Uma série com três pesquisas realizadas pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, investiga, desde maio, como tem sido o cotidiano de estudos em casa de alunos da rede pública municipal e estadual, com a pandemia e o fechamento das escolas. Os reflexos da pandemia na educação são vários e a série histórica mostra que, de maio a julho, as redes públicas continuaram buscando alternativas de atividades escolares não-presenciais para os seus estudantes, passando de 74% para 82% os alunos com acesso a algum conteúdo pedagógico.

Porém, com o passar do tempo, eles se mostram mais desmotivados, ansiosos e com dificuldade para manter a rotina de estudos. Em julho, a pesquisa mostra que 77% dos estudantes estavam tristes, ansiosos, irritados ou sobrecarregados na pandemia, segundo as respostas dos pais e responsáveis. Além disso, aumentou o percentual de alunos cujos pais temem que desistam da escola por não estar acompanhando as atividades: de 31% em maio e junho, para 38% em julho. Este índice é maior para o ciclo dos Anos Finais (43%).

A dificuldade na rotina de estudos é acompanhada pelos sentimentos dos alunos na pandemia, observados pelos pais ou responsáveis por eles. A ampla maioria (90%) declara que os alunos têm saudades dos professores e 56% mantêm contato com colegas da escola.

A ansiedade está ligada, muitas vezes, à falta de perspectiva com o término da pandemia. Estamos vivendo em um mundo com muitas incertezas e isso tem reflexo no aluno“, diz Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann.

Volta às aulas II

Há um grande esforço das redes públicas de ensino, professores e famílias para mitigar os efeitos da suspensão das aulas presenciais por meio do ensino remoto. Mesmo com todas as dificuldades de recursos, conectividade e planejamento, todos têm se dedicado para garantir que os alunos evoluam em 2020. Mas, temos que admitir que esta solução surgiu para ser temporária, emergencial, não uma substituição do modelo presencial de ensino.

Não se pode admitir que o modelo atual seja transformado em solução permanente.

E este será o segundo grande desafio que o Governo do Estado e os Municípios terão que transpor.

Ainda acredito que política está mais nos atrapalhando do que ajudando. É preciso coragem para seguir em frente, mas para seguir em frente, precisamos admitir os erros e isso o Governo do Estado parece estar distante muitas léguas.

Tanto o problema é político que, em uma mesma manifestação, ocupantes de altos cargos públicos, autoridades, chegam a defender a abertura de bares e o fechamento de escolas.

Não é ciência, é politicagem.

Você, leitor, pode não concordar comigo, mas, pelo menos, pense a respeito.

E, para finalizar, o Governo está se amarrando para liberar as aulas nas escolas particulares porque sabe que a iniciativa privada vai fazer a coisa funcionar com segurança, mostrando que ele, Governo, é incompetente para isso.