Canela,

10 de fevereiro de 2025

Anuncie

Leo de Abreu

VIRE O MATE

Leo de Abreu

VIRE O MATE – E a Lua?

Compartilhe:

Que semana de lua linda! Então,  por hora alguns versos dum romance feito pra ela há muito tempo já.

• Siga Léo de Abreu no Instagram

Lua quem me viu

Esperei na janela numa minguante,  e tu nem viu
Noite escura em que um capão de mato ainda guardava meu assobio 
De tanto afundar carrero no corredor pro teu ranchito 
Embalei coplas dum tema novo, então criado e nunca escrito.

Na lua cheia tudo eu via parecendo meia tarde
Me atentava um quero quero de hora em hora fazendo alarde
Na minha ideia tu apeava de uma estrelita logo ali
E eu te entregava um amor inteiro, que guardei só pra ti!

/ Lua quem um dia me viu, eu que custei ver de volta 
Já me desconheço sozinho, me tens em carinho e sei que não solta
Canto se é certo nem sei, outra hora farei poema melhor
Até una zambita me atrevo aunque me encuentre lejos, quisa hasta mejor /

Ah o que fui numa crescente,  replantei sementes já senti se vindo
E nem pensei no fruto adentrando nostalgias do meu querer florindo 
Sabendo mais dos dias agora, numa ambição verdadeira 
Sei por quem passo as noites em claro imaginando esperas junto a solera

Em frestas do catre,  mundinho posteiro ou sobre um moirão 
Caseriando ou rondas, te penso lua a pouca luz e serração 
A mesma refletida em mim que instiga assim guitarrear e escrever
Também te lumia no rancho, me fazendo bem sem nem tu saber!

• Leia mais de Léo de Abreu