Canela,

28 de março de 2024

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Ex-procurador do Município de Canela pede cassação do vereador Jerônimo Terra Rolim

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Vereador Jerônimo Terra Rolim (PSDB)

O ex-procurador do Município de Canela, Luiz Fernando Tomazelli, protocolou na quinta (12), um pedido de cassação do mandato do vereador Jerônimo Terra Rolim (PSDB) junto a Câmara de Vereadores de Canela.

No documento, Tomazelli, que pediu demissão do cargo de Procurador Geral do Município de Canela no início desta semana, alega que o vereador, que é advogado, atuou em processos contra o poder público, o que é proibido pela Lei Orgânica Municipal, conforme artigo 18, letra c, onde estabelece que o vereador não pode patrocinar causas contra o Poder Público Municipal, Estadual ou Federal.

A direção da Câmara Municipal de Vereadores de Canela confirmou o protocolo da denúncia, através do diretor Luiz Fernando de Souza, disse que o documento foi encaminhado para análise do departamento jurídico da casa e após deve ser remetido à mesa diretora para as medidas legais, conforme estabelece o Regimento Interno.

Desdobramentos

Luiz Fernando Tomazelli havia enviado denúncia ao Ministério Público e à OAB, no início do mês de março, com possíveis irregularidades cometidas pelos advogados concursados da Prefeitura de Canela e alguns Ccs, até 2016. Jerônimo, à época, fazia parte da Procuradoria Geral do Município.

Ato seguinte, no último dia (3), o judiciário canelense congelou diversos processos de execução da Prefeitura de Canela, por irregularidades nas procurações para representar o Município. O vereador Jerônimo levou o assunto à Tribuna da Câmara de Vereadores, na última segunda (8), dizendo tratar-se o assunto de improbidade administrativa da PGM de Canela. No dia seguinte, Tomazelli pediu exoneração de seu cargo.

Luiz Fernando Tomazelli

O desdobramento, três dias após, é o pedido de cassação do vereador.

Contraponto

Em contato com a redação da Folha, o vereador Jerônimo afirmou que não existe nenhum ato no exercício de sua profissão de advogado que possa levar a um pedido de cassação, mas que, por ainda não ter acesso ao documento protocolado, não poderá dar uma resposta técnica ao que ele considera uma burrice jurídica.