Canela,

4 de maio de 2024

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Operação Cáritas: 23 pessoas indiciadas na 10ª fase, que investiga crimes de corrupção no setor turístico

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Foto: Francisco Rocha

Entre os indiciados estão o ex-secretário de Turismo, a atual secretária, ex-servidores, empresários e agentes culturais

A Polícia Civil de Canela remeteu ao Poder Judiciário, na semana passada, o relatório final da 10ª fase da Operação Cáritas, que investiga denúncias de corrupção nos setores de turismo e eventos de Canela.

O principal investigado desta fase, o ex-secretário de Turismo Angelo Sanches segue preso preventivamente no Presídio Estadual de Canela. Segundo a Polícia Civil, ele comandava um esquema em que praticamente todas as ações de turismo e eventos comandadas ou patrocinadas pela Secretaria Municipal de Turismo, eram desviados expressivos valores em dinheiro para as contas de Sanches e de seus parceiros.

Até o momento, mais de R$ 2,8 milhões foram apreendidos, entre imóveis, veículos e valores em contas bancárias dos investigados. Este valor, também segundo a Polícia Civil, é aproximado ao dano causado diretamente aos cofres públicos.

O relatório final apresenta o indiciamento de 23 pessoas, por crimes contra a administração pública, entre elas o ex-secretário de Turismo, Angelo Sanches, o produtor cultural Elias da Rosa e o produtor José Fernando Marques, os três que haviam sido presos durante o cumprimento das medidas judiciais no dia 14 de dezembro, quando a 10ª fase foi deflagrada.

Ainda, constam entre os indiciados o ex-secretário de Obras, Luiz Cláudio da Silva, o Ratinho, a ex-diretora de Turismo, Camila Pavanatti, o ex-diretor de Cultura Carlos Eduardo Santos, o ex-diretor de Marketing e Eventos, Eduardo Idalino, e uma ex-assessora da Secretaria de Turismo e Cultura de Canela.

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A atual secretária de Turismo e Cultura, Carla Reis, e um CC que ainda atua na Prefeitura de Canela também estão no rol dos indiciamentos.

A lista prossegue com nomes como Adriana Schwade Seibel, ex-diretora do Hospital de Caridade de Canela e ex-advogada do parque Skyglass, já investigada e indiciada em outras fases da Operação Cáritas, o ex-diretor do parque Skyglass, Fabrício Medeiros, e um dos proprietários do parque Skyglass, Moacir Bogo.

Com relação aos eventos e serviços prestados em ações de turismo da cidade, também foram indiciados o empresário e produtor Alexandre Rangel, o jornalista Caíque Marques, e o produtor Natan Ferreira Borges.

A lista é completada com sócios ou familiares que possuíam relação com as empresas dos indiciados e duas empresárias ligadas a uma empresa com sede na capital, que teria exercido a função de agente cultural na edição o Sonho de Natal de 2019.

Os indiciamentos seguem agora para o Ministério Público que pode, com base nas denúncias da Polícia Civil, denunciar os acusados à Justiça.

CONTRAPONTO

A secretária de Turismo e Cultura, Carla Reis, disse à reportagem da Folha que está tranquila quanto aos fatos investigados e entende que a Polícia Civil de Canela está realizando o seu trabalho, com o qual sempre irá colaborar. Carla disse que em momento oportuno e quando tiver conhecimento total dos fatos irá se pronunciar.

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